País pode ter maior mudança política desde fim da Ditadura, dizem jornais dos EUA
Niviane Magalhães
São Paulo
28/10/2018 09h25
O jornal nova-iorquino destaca a vida política do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmando que uma vitória pode sinalizar "o desmoronamento de grande parte do establishment político, dominado pelo Partido dos Trabalhadores desde 2002". Além disso, apontou os erros de campanha de seu oponente pelo PT, Fernando Haddad, "que começou apenas um mês antes do primeiro turno e enfrentou seus próprios desafios" com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A ascensão meteórica de Bolsonaro é ainda mais notável porque ele fez campanha com um orçamento apertado, confiando principalmente nas mídias sociais, enquanto seus rivais desfrutavam de generosos recursos públicos e cobiçavam as vagas de televisão e rádio", pontuou o jornal.
Já o Wall Street Journal aponta que a possível vitória de Bolsonaro marcaria o surgimento de políticas anti-establishment e a ascensão do nacionalismo populista em todo o mundo. "Bolsonaro seria o primeiro vencedor da Presidência desde 1989, que não é do Partido dos Trabalhadores ou do PSDB", destacou.
Enquanto isso, o The Washington Post traz como destaque a vida política de Bolsonaro e suas propostas em cada área, apontando alguns recuos de ameaças anteriores, como a retirada do Brasil do acordo de Paris, um compromisso internacional discutido entre 195 países com o objetivo de minimizar as consequências do aquecimento global.