Occhi quer deslocar médicos para repor vagas de cubanos
A estimativa é que 600 municípios do País poderiam ficar sem nenhum profissional se as vagas dos cubanos não forem preenchidas. O edital aberto semana passada para repor 8.517 postos no Mais Médicos teve adesão maciça de brasileiros: 21.407 já foram efetivados e 8.278 escolheram os postos de trabalho. Com isso, 97,2% das vagas já foram preenchidas.
Os 224 brasileiros encaminhados nesta segunda são os primeiros a substituírem os cubanos. Os Estados que já receberam o maior número de médicos até agora foram São Paulo e Minas, com 42 cada um, seguidos por Espírito Santo (27) e Paraná (15).
Embora a adesão tenha sido bastante significativa, secretários municipais de Saúde temem que médicos brasileiros não compareçam ou que desistam em pouco tempo em áreas pobres e distantes. O ministério, por sua vez, prepara um plano B do deslocamento. "São hipóteses que somente vamos trabalhar depois do dia 7", disse Occhi, numa referência ao último dia de inscrição do edital.
Terminado o prazo, se necessário, serão publicados novos editais. A preferência, na próxima rodada, será dada ainda para profissionais brasileiros, afirmou o ministro.
Neste edital, 9.327 pessoas se inscreveram, mas não tiveram seus dados efetivados. O número é maior do que os profissionais que tiveram dados validados. Occhi, porém, avaliou esses números com naturalidade e atribuiu a inconsistências no preenchimento de nomes ou outras informações.
Temer
Em vídeo publicado nesta segunda-feira nas redes sociais, o presidente Michel Temer comemorou o número de inscrições e disse que não iria "deixar esse problema (da saída dos cubanos) para o próximo governo", do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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