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Policiais de SP envolvidos em tiroteio em MG deixam prisão após decisão do STJ

Troca de tiros entre os policiais civis aconteceu no estacionamento de um hospital de Juiz de Fora - Reprodução/TV Globo
Troca de tiros entre os policiais civis aconteceu no estacionamento de um hospital de Juiz de Fora Imagem: Reprodução/TV Globo

Leonardo Augusto

Em Belo Horizonte

17/12/2018 10h24

Os quatro policiais civis de São Paulo presos depois de tiroteio no dia 19 de outubro em Juiz de Fora, na zona da mata mineira, foram soltos na noite deste domingo (16) por habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os agentes estavam na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte para onde foram transferidos em 22 de outubro. A troca de tiros foi com policiais civis de Minas Gerais.

O habeas corpus foi concedido pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca ao policial civil Bruno Martins Magalhães Alves, e estendido aos outros policiais Jorge Alexandre Barbosa de Miranda, Caio Augusto Freitas de Lira e Rodrigo Castro Salgado da Costa.

Na troca de tiros, ocorrida no estacionamento de um hospital de Juiz de Fora, duas pessoas morreram. O policial civil de Minas Gerais Rodrigo Francisco e o empresário Jerônimo da Silva Leal Júnior, que teria uma empresa de segurança.

No dia 12 do mês passado, os três policiais civis de Minas Gerais envolvidos no tiroteio, todos lotados em Juiz de Fora, também foram presos e levados para a Penitenciária Nelson Hungria.

Segundo investigações iniciais da Polícia Civil mineira, o tiroteio teria ocorrido depois de um suposto desacordo comercial entre um empresário de São Paulo, Flávio de Souza Guimarães, e o também empresário mineiro Antonio Vilela, que está preso.

Os dois estavam em Juiz de Fora no dia do tiroteio. No estacionamento foram apreendidos cerca de R$ 14 milhões em notas falsas. Em depoimento à Justiça de São Paulo, Flávio Guimarães disse ter ido a Minas para fechar um negócio e que teria sido enganado.

Todos os policiais civis, de São Paulo e Minas estariam fazendo segurança particular, ainda conforme as investigações iniciais. Segundo informações do STJ, o teor da decisão do ministro, com os motivos apresentados para a soltura dos policiais civis de São Paulo, só poderá ser consultado depois da publicação da decisão, prevista para terça-feira, 18 de dezembro. A reportagem entrou em contato com a defesa do agente Bruno Martins e aguarda retorno.