Defesa de João de Deus diz que habeas corpus foi negado liminarmente pela Justiça
O advogado Thales Jayme, que atua na defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, disse ao Broadcast Político que o habeas corpus impetrado para revogar a prisão preventiva do líder religioso foi negado liminarmente pela Justiça de Goiás. Agora, os defensores querem que o tribunal analise o mérito da questão.
Caso a decisão seja mantida também no mérito, a estratégia será entrar com um novo pedido para trocar a prisão preventiva por outra medida cautelar, como a prisão domiciliar.
João de Deus está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde o último domingo, 16. Ele é acusado de crimes de abuso sexual e, nesse primeiro momento, a investigação se concentra em 15 casos.
Equipes da Polícia Civil de Goiás fizeram diligências na Casa Dom Inácio de Loyola, local onde o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, realizava seus atendimentos espirituais. As investidas foram confirmadas pelo delegado-geral André Fernandes. Ele não confirma, no entanto, se há mandado de busca e apreensão para o recolhimento de provas no local.
As equipes da Polícia Civil chegaram por volta das 14h25, entraram no centro espiritual e estão em uma sala que seria usada como departamento administrativo do local.
A reportagem já tinha informação de que a Polícia Civil deveria cumprir mandados de busca e apreensão nas próximas horas em endereços ligados ao médium com o objetivo de esclarecer pontos contraditórios entre os depoimentos das vítimas e de João de Deus. Foram autorizados mais 20 mandados.
O advogado criminalista Alberto Toron, que atua na defesa de João de Deus, havia dito mais cedo que não tinha conhecimento dos mandados, mas ressaltou que as autoridades teriam "amplo acesso" a tudo que precisarem. "Não há o que esconder e vamos colaborar", disse ao Broadcast Político.
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