Operação da PF mira grupo de extermínio formado por PMs de Goiás
A PF (Polícia Federal) cumpre nesta terça-feira, 18, cinco mandados de prisão temporária contra policiais militares de Goiás investigados por participação em um grupo de extermínio. Batizada de Circo da Morte, a operação busca desarticular o grupo que, segundo a PF, forjava a existência de confrontos policiais para justificar homicídios.
O Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Goiás também participam da ação que conta com cerca de 60 policiais federais e dez policiais militares. Os mandados são cumpridos no município Caldas Novas.
O nome da operação faz alusão, diz a PF, ao "mágico de circo que faz ilusões parecerem verdade como homicídios que teriam a aparência de atos heroicos."
De acordo com a PF, investigações conduzidas pela Superintendência da PF no Distrito Federal apontaram para a participação de "cinco policiais militares, inclusive de oficiais, em um grupo de extermínio no Estado de Goiás".
O grupo teria sido responsável por dois duplos homicídios realizados, em março de 2017, nas cidades de Caldas Novas e Santo Antônio do Descoberto. A investigação revelou que os policiais do 26º Batalhão da PM de Caldas Novas agiam como milícia. São alvos de prisão um tenente-coronel, um sargento, um 3º sargento, um cabo e um soldado.
Os investigados podem ser enquadrados nos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, constituição de milícia privada, fraude processual e corrupção passiva. A PF investiga ainda outros casos que podem guardar relação com a ação do mesmo grupo.
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