Ex-presidente da Funai volta a chefiar o órgão
O general deixou a presidência da Funai em 19 de abril do ano passado, onde estava desde janeiro de 2017. Na época, o então presidente Michel Temer recebeu reivindicação de parlamentares ligados à bancada ruralista pedindo a sua saída. A queixa era que Franklimberg não colaborava com o setor no processo de demarcação de terras indígenas.
Procurada nesta segunda, a Frente Parlamentar da Agropecuária informou que não iria se manifestar sobre a indicação de Franklimberg para a Funai.
O órgão foi transferido do Ministério da Justiça para a pasta de Damares e os processos de demarcação de terras indígenas deixaram de ser responsabilidade da Funai - agora são atribuição da Secretaria de Assuntos Fundiários, vinculada ao Ministério da Agricultura.
Franklinberg disse que volta à Funai com a promessa de tocar o órgão sem ingerências políticas. "Como conversei com a ministra Damares, vou ter a oportunidade de escolher o pessoal que vai trabalhar comigo. Esse é um grande diferencial em relação à situação anterior", afirmou. "A Funai vai melhorar. Estamos sempre pensando em formas de apoiar a causa indígena. E esse será o foco de nossa gestão." O general decidiu trocar toda a diretoria do órgão.
À reportagem, a ministra disse que a escolha de Franklimberg levou em conta sua experiência na área. "Queremos dar uma atenção especial aos índios de áreas de fronteira. O presidente quer que o Estado fale diretamente com essas pessoas. E o general Franklimberg conhece a Amazônia como ninguém. Ele é de origem indígena, é muito querido pelos índios", afirmou Damares.
Doutor em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Franklimberg é general de brigada e assessor de relações institucionais do Comando Militar da Amazônia. Como oficial general, comandou a 1.ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima e foi chefe do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia.
O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que não vai declarar "nenhum centímetro de terra indígena" em seu governo e promete rever, inclusive, processos de terras indígenas que já foram homologadas. Em outra frente, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos também pretende abrir as terras indígenas para acordos entre indígenas e ruralistas interessados em explorar as terras, o que hoje é proibido por lei. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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