Vale pediu, e conseguiu, autorização para ampliar em 70% exploração na área
A votação no Copam só teve um voto contrário entre os nove conselheiros que decidiram a questão. Mas ambientalistas apontam uma série de problemas na análise do projeto, como a falta de um mapeamento detalhado dos impactos do novo empreendimento, principalmente na bacia hidrográfica do Paraopeba, cujas águas complementam o abastecimento da capital Belo Horizonte, além de cerca de 50 cidades da região metropolitana e do entorno. A tramitação do pedido se beneficiou ainda de uma mudança em uma deliberação normativa que reduziu as exigências para intervenções de grande potencial poluidor e degradante.
O único voto contrário à aprovação partiu da ambientalista Maria Teresa Corujo, a Teca. Segundo ela, a análise do pedido de ampliação das atividades na mina da Vale foi feito às pressas. "Não foi apresentado um balanço hídrico completo, de quais seriam os reais impactos nas águas do local e do entorno", disse. "Aquela área já precisa muitas vezes de caminhão-pipa para ser abastecida." Falta no Estado, disse Teca, esforço maior para aprovar legislação mais rigorosa para segurança de barragens. "Desde o ano passado, temos cobrado na Assembleia Legislativa a aprovação do projeto de lei de segurança de barragens", afirmou.
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