Alerj empossa deputados com falas pró-Flávio e gritos de 'Lula livre'
"(Estou aqui) para continuar o trabalho do maior líder político deste Estado, senador eleito Flávio Bolsonaro", afirmou. Ao fim da cerimônia, questionado sobre o caso do relatório do Coaf, classificou-o de "massacre político". A posse também teve homenagens à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março passado, pedidos de "Lula livre", gritos de "Bolsonaro Presidente" e minuto de silêncio dedicado ao deputado Wagner Montes (PRB), falecido no sábado passado
A nova composição da Alerj terá mais de metade de novos deputados. O número poderá aumentar em abril, quando acabará o prazo para os seis deputados presos tomarem posse. André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB) são investigados pela operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio. Anderson Alexandre (SD), ex-prefeito de Silva Jardim, foi alvo de operação do Ministério Público local. É acusado de receber propina.
Eleito para o quarto mandato, André Ceciliano (PT) presidiu interinamente a Alerj no ano passado após a prisão de Jorge Picciani (MDB). Nesta sexta, o petista também presidiu a cerimônia de posse, ocasião em que usou tom conciliador. Em breve fala, Ceciliano citou "momentos difíceis" pelos quais passou a Assembleia nos últimos anos e falou em "moralização".
O petista deverá ser conduzido oficialmente à presidência da Alerj neste sábado. A estimativa é de que ele obtenha cerca de 50 votos. É possível que concorra sem nenhuma chapa opositora. Isso porque o PSL, dono da maior bancada com 12 deputados, teve dificuldades para viabilizar um candidato a presidente. Acabou isolado por articulações de Ceciliano, que fez acenos ao governador Wilson Witzel (PSC). Assim, o partido dos Bolsonaro, que elegeu grande número de parlamentares no Rio e no País com forte discurso anti-PT, verá um deputado do arquirrival comandar a Casa.
Parlamentares do PSL admitem que faltou experiência política à bancada. Há quem cite um suposto perfil mais individualista do partido.
"Hoje a bancada existe, mas o mandato está sendo individual, de cada um. Cada um está respondendo por si", afirmou a deputada Alana Passos (PSL).
A cerimônia também teve a presença de Witzel. Coube a ele o discurso mais longo, de 15 minutos e 46 segundos. Desse tempo, 5min40s foram dedicados a cumprimentos ou agradecimentos. No resto do tempo, Witzel reafirmou o desejo de organizar as combalidas contas públicas do Estado. Também pediu ajuda da Alerj, com quem pretende trabalhar "com harmonia e independência".
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