Briga entre grupos pró e anti-Renan dominam sessão para eleição no Senado
Alcolumbre, contudo, conseguiu uma proeza: 50 votos a favor da votação aberta. Fora dois contra e duas abstenções. Tudo o que o "novo Renan" não desejava, uma vez que o "velho Renan" enfrenta críticas pelos processos que responde no Supremo e tem mais dificuldades em vencer às claras. Foram apenas dois votos contra, porque o grupo de Renan combinou de não participar da votação para não legitimá-la.
Alcolumbre é ligado ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, homem forte do governo Bolsonaro e seu colega de partido. A mulher do ministro está empregada no gabinete do senador. O clima quente no plenário do Senado extrapolou para o Twitter. Renan acusou o ministro de "orientar" a manobra de Alcolumbre. Onyx se licenciou do ministério e passou o dia no Congresso na quinta-feira, 31º.
Para garantir a votação aberta, Alcolumbre ocupou a cadeira da presidência do Senado desde a abertura dos trabalhos às 15 horas e ainda não deixou o local. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) chegou a arrancar uma pasta com os procedimentos da sessão das mãos de Alcolumbre e recebeu um apelo de Renan: "Tire ele daí, Kátia!". Sem sucesso.
O senador Major Olímpio (PSL-SP) chegou a sugerir que a Polícia Legislativa fosse convocada para conter Kátia Abreu e tomar de volta a pasta com documentos da Mesa Diretora. Também sem sucesso.
O demista perdeu o controle da sessão. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) discutiu com Renan a ponto de serem apartados pelos colegas para não chegar às vias de fato. Renan, porém, negou que fosse agredir o tucano. Na discussão, Tasso gritou que "Renan irá para a cadeia".
Renan chegou a apelar para a memória de Tancredo Neves ao lembrar do episódio em que o ex-senador chamou de "canalha" o colega Auro de Moura Andrade por ter declarado vaga a Presidência da República no período da ditadura. "Canalha! Canalha!", disse Renan, em direção à Mesa do Senado, presidida por Alcolumbre.
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