Alcolumbre fica mais de 7 horas sentado na cadeira de presidente do Senado
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) ficou mais de sete horas sentado na cadeira de presidente do Senado, ao longo desta sexta-feira, 1º, para assegurar que iria conduzir os trabalhos da sessão preparatória para a eleição interna da Casa. A estratégia serviu para que o democrata pudesse deliberar sobre questões de ordem a cerca do voto aberto, o que é visto como uma barreira para a eleição de Renan Calheiros (MDB-AL).
Alcolumbre não deixou a cadeira de presidente nem mesmo durante o intervalo entre as sessões de posse e preparatórias, entre as 16h e 17h de hoje. Depois de encerrar a cerimônia de posse dos 54 novos senadores, Alcolumbre continuou na Mesa da Presidência para garantir a continuidade como "presidente tampão", como ele mesmo definiu.
A reportagem apurou que o senador do Amapá foi aconselhado a permanecer no local como forma de assegurar o direito de seguir com as sessões. Essa persistência fez com que senadores brincassem sobre a possibilidade de ele estar usando um "fraldão geriátrico" por debaixo do terno. Assessores parlamentares chegaram a questionar se ele estaria usando uma sonda para conseguiu resistir durante todo o tempo.
Suspensão
Alcolumbre só levantou da cadeira ao determinar, sob protestos, que a sessão preparatória para a eleição da Presidência fosse suspensa e retomada no sábado, 2, às 11h. A suspensão foi decidida após o senador pedir que os senadores votassem com a mão levantada. Ao mesmo tempo, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) argumentava que ele não tinha legitimidade para tomar a decisão.
Alcolumbre é pré-candidato à Presidência do Senado, e foi questionado por senadores durante toda a sessão, que o acusavam de determinar previamente as regras da eleição que disputaria. Após colocar em votação uma questão de ordem, aprovada por 50 votos favoráveis contra 2 contrários, que determinou a votação nominal, houve protestos.
Com a suspensão, a expectativa é que, na retomada da sessão, os partidos confirmem primeiro as candidaturas a presidente. Em seguida, o senador mais antigo, José Maranhão (MDB-PB) assumirá o controle da Comissão Diretora para proceder à eleição.
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