Executivos da Vale e engenheiros deixam a penitenciária
Os executivos da Vale que estavam presos são Cesar Augusto Paulino Grandchamp, geólogo, Ricardo de Oliveira, gerente de Meio Ambiente do Corredor Sudeste, e Rodrigo Artur Gomes de Melo, gerente executivo do Complexo Paraopeba da Vale. Os engenheiros terceirizados, que atestaram estabilidade da barragem, são André Yassuda e Makoto Mamba.
Foram dois dias de um intenso entra e sai de advogados do grupo na Nelson Hungria. Na noite desta quarta, 6, por volta das 21 horas, dois carros chegaram a ser posicionados depois da guarita do complexo, próximo ao portão da penitenciária, para apanhar os engenheiros e executivos. A intenção era evitar contato com a imprensa. Outros veículos ficaram em área próxima à cadeia.
Antes, por volta das 20 horas, três carros, sob orientação de advogados, se posicionaram na cancela que fica em frente à guarita da entrada da prisão e tiveram ordem de agente de segurança para que recuassem. Foram informados que apenas um carro por advogado poderia se aproximar do portão. Um dos motoristas se irritou com a presença de repórteres.
Por volta das 23 horas, os dois carros próximos ao portão deixaram a penitenciária. Os três veículos que estavam próximos à Nelson Hungria também foram embora. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirmou que a saída não aconteceu antes porque os alvarás de soltura não chegaram à penitenciária. Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, um problema técnico no sistema eletrônico da Comarca de Contagem atrasou a emissão dos alvarás.
Conforme o relator da decisão do STJ pela soltura do grupo, ministro Nefi Cordeiro, a saída dos engenheiros, que trabalham para a empresa Tüv Süd, e dos funcionários da Vale se justifica porque todos prestaram declarações, além de já terem sido feitas buscas e apreensões, e não ter sido detectado risco que pudessem oferecer à sociedade.
Na última sexta-feira, 1º, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) havia negado habeas corpus para os funcionários da mineradora e engenheiros terceirizados. As prisões ocorreram a pedido do Ministério Público em operação para apurar suspeita de homicídio, falsidade ideológica e crimes ambientais no rompimento da barragem.
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