Em último comentário ao vivo, Boechat lamentou sucessão de tragédias
"A impunidade é o que rege, o que comanda a orquestra das tragédias nacionais", disse Boechat ao se referir ao rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, e à morte de adolescentes no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo no Rio.
O jornalista citou uma matéria publicada no jornal O Globo sobre a sucessão de tragédias no País. "Você que não só os agentes públicos não pagaram nada por isso como os agentes privados e seus sócios também não. Esse é exatamente o ponto que une todas as tragédias."
"O que temos de colocar em cima da mesa, diante de nós mesmos, como sociedade, é se queremos continuar lidando com essas tragédias, pranteado-as no início e esquecendo-as logo depois. A tragédia de Brumadinho já sumiu das primeiras páginas."
Para o jornalista, a sociedade brasileira segue uma "velha tradição de tocar adiante". "É preciso que as consequências sejam mais rápidas, no campo da ação policial, do Ministério Público, para que não fiquem no oba-oba", disse Boechat.
"Quando a gente chora, sofre, lamenta o fato ocorrido ontem, a gente parece estar anestesiado ou gostar da anestesia que nos faz esquecer desse fato tão logo surja o fato de amanhã, que terá o mesmíssimo tratamento", concluiu o jornalista.
O acidente
O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no Rodoanel no início da tarde desta segunda-feira, 11. A aeronave caiu no quilômetro 7, próximo ao acesso à Rodovia Anhanguera, na chegada a São Paulo, em cima de um caminhão. Testemunhas relataram que o helicóptero parecia tentar aterrissar na rodovia Anhanguera pouco antes do acidente.
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