Oferecemos asilo aos médicos cubanos que queiram ficar no País, diz Bolsonaro
"Meses atrás, exigimos que a ditadura cubana revisse as regras impostas aos profissionais cubanos participantes do Mais Médicos, que recebiam apenas uma pequena parte de seus salários e não tinham liberdade para ver seus familiares", escreveu em sua conta oficial no Twitter. "De forma irresponsável, Cuba suspendeu sua participação subitamente, colocando em xeque o caráter humanitário do acordo feito com o PT", escreveu Bolsonaro.
Ao reforçar a oferta de asilo, o presidente criticou a esquerda. "Oferecemos asilo aos que cidadãos queriam ficar em nosso país. A esquerda, mesmo assim, poupou a ditadura e colocou na conta do novo Governo (...)". Bolsonaro disse que, com isso, "milhões ficaram sem atendimento"
Entretanto, o próprio presidente era um crítico ferrenho do programa à época em que era parlamentar. Em novembro do ano passado, já eleito presidente, Bolsonaro chegou a afirmar que parte dos médicos cubanos seria, na realidade, composta por militares e agentes infiltrados. "Não é uma declaração minha nova, há cinco anos eu já criticava a questão do salário e a questão de não ter uma comprovação mínima que seja sobre se são médicos ou não", declarou Bolsonaro em novembro, para quem o programa era uma estratégia do PT para "financiar a ditadura cubana".
Com a suspensão do Mais Médicos, centenas de cidades brasileiras, principalmente comunidades remotas, ficaram sem atendimento médico. A resposta do governo Temer ao fim do programa foi a abertura de um edital de convocação de profissionais médicos.
"O Ministério da Saúde agiu rapidamente e as vagas deixadas foram preenchidas - as últimas nesta quarta (13) por brasileiros formados no exterior", disse nesta manhã no Twitter.
"Eles receberão seus salários de forma integral e terão a liberdade necessária para uma vida digna. A resposta para quem torce contra o Brasil é o trabalho. Vamos em frente!", finalizou Bolsonaro.
O Ministério da Saúde informou nesta quarta que todas as 8.517 vagas abertas após o fim do Mais Médicos foram preenchidas por médicos brasileiros. Havia 1.462 vagas abertas após dois editais de convocação, com a grande maioria nas regiões Norte e Nordeste. Dos editais anteriores, 620 médicos inscritos não compareceram às unidades de saúde no prazo determinado.
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