Proposta da ANM proíbe uso de todas as barragens de mineração a montante no País
Atualmente, há 84 barragens desse tipo no Brasil, das quais 43 são classificadas como de alto dano potencial - quando o rompimento ou mau funcionamento acarreta perda de vidas humanas e danos sociais, econômicos e ambientais.
Segundo a ANM, o modelo a montante era o mais comum nas décadas de 1970, 1980 e 1990, por ser um método mais barato. "Contudo, constata-se que este método não pode mais ser tolerado na atualidade, uma vez que crescem os registros de acidentes relacionados a este método construtivo, bem como se observa que várias destas estruturas já ultrapassam algumas dezenas de anos de vida útil, além de terem sido alteadas ao longo dos anos, o que aumentou paulatinamente a carga de rejeitos em suas bacias", afirmou a agência em nota.
A proposta de resolução divulgada pela ANM prevê que as mineradoras façam o descomissionamento ou descaracterização de suas barragens a montante até o dia 15 de agosto de 2021. Até lá, as barragens desse tipo que estiverem ativas deverão ter monitoramento constante, até que sejam extintas ou adaptadas para modelos a jusante ou de linha de centro.
Desde 2016, logo após o acidente em Mariana (MG) com a Samarco (joint venture entre Vale e BHP Billiton), o governo não autoriza a construção de barragens a montante, mas aquelas construídas em anos anteriores foram mantidas.
Após a tragédia de Brumadinho, em 25 de janeiro, a Vale anunciou um plano para acelerar o descomissionamento de suas barragens a montante - a companhia ainda tem dez nesse modelo, e nove já foram desmontadas.
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