Quadros do PSL defendem Bebianno e criticam 'fritura pública'
O senador Major Olímpio, a deputada federal Joice Hasselmann e a deputada estadual Janaina Paschoal, todos de São Paulo, participaram hoje de almoço oferecido por dirigentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a representantes das bancadas paulistas do PSL no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Estado.
Um dos principais apoiadores de Bolsonaro durante a campanha presidencial, Olímpio disse a jornalistas, após o almoço, que torce pela permanência de Bebianno. "Pelo episódio em que foram colocadas eventuais prestações de contas e licitações de recursos em Pernambuco, a demissão do Bebianno seria uma coisa absolutamente injusta", afirmou.
Bebianno, que deixou a presidência do partido para assumir o cargo no governo, tornou-se figura frágil no núcleo político de Bolsonaro após vir à tona o caso de supostas candidatas laranjas do PSL em Pernambuco na eleição passada. Desde então, a demissão de Bebianno passou a ser o cenário mais provável. "De hoje não passa", disse mais cedo o vice-presidente Hamilton Mourão.
Conhecida por ter sido um das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Janaina considera que o que foi exposto sobre o caso até o momento não aponta nenhuma ilicitude por parte de Bebianno. Ela ressaltou que ele, enquanto presidente do partido, não tem como ter controle do dinheiro que é distribuído na ponta final. "Eu atribuo esse episódio mais a uma questão pessoal do Bebianno com o presidente", disse a deputada, que será candidata a presidente da Alesp.
Para Janaina, inclusive, é "inadequado" que o presidente deixe essa situação se estender por tanto tempo. "Decidiu demitir, demite, pra gerar um pouco mais de estabilidade para o País", disse. "Porque (se tomar a decisão de forma rápida) não fica essa situação desconfortável para todas as partes e de insegurança para o País", disse.
Joice, uma das deputadas mais votadas no Estado, também criticou a forma como tudo tem sido conduzido e afirmou que o governo precisa ficar atento a como essa "fritura pública" será encarada por aliados no Congresso.
"Não se trata de ser contra ou a favor (de Bebianno), mas da forma como tudo foi conduzido. No Congresso e no partido há um clima de apreensão. Não se pode passar o recado a aliados de que essa fritura pública pode acontecer com qualquer pessoa", disse a deputada "Agora vamos ver como vamos colocar uma gaze úmida nessa queimadura de terceiro grau", disse.
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