Major Olímpio defende investigação sobre laranjas do PSL e critica "fundão"

O senador Major Olímpio (PSL-SP) defendeu que as suspeitas que recaem sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, sobre a suspeita de candidaturas laranjas nas eleições do ano passado, sejam esclarecidas.
"O PSL não compactua com irregularidades. Na minha história de vida, como policial, sei bem o lado da lei. Não quero prejulgar nenhuma situação, mas deve ter sim uma apuração rigorosa para ficar tudo muito bem esclarecido", afirmou.
O senador criticou a lei eleitoral que estabelece as regras para a distribuição de recursos para campanhas. "Essa maldita lei que criou esse fundão da vergonha, que é o financiamento das campanhas eleitorais com a destinação do recurso ao bel prazer do dirigente partidário", afirmou.
O ministro do Turismo é alvo de investigação da Procuradoria Regional Eleitoral sobre candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, quatro candidatas com baixa votação contrataram empresas ligadas a assessores de Marcelo Álvaro. Ele nega.
"Se fizeram esse tipo de destinação de recurso, seja no PSL ou em qualquer partido, prestem atenção. A lei é vaga, faculta ao dirigente partidário fazer a distribuição no volume e para quem entender", disse Olímpio. Para ele está "fácil" fazer a investigação do caso para desvio e suposta fraude no PSL em Minas Gerais.
Questionado sobre se Álvaro Antônio deveria ficar no cargo enquanto é investigado, Olímpio afirmou que só fica no cargo "aquele que tem a confiança do presidente". Sobre um desgaste do governo com a situação, Olímpio voltou a dizer que é melhor ter uma apuração rigorosa o mais rápido possível justamente para encerrar o assunto.
"Eu não faço parte de laranjal, não estimulo laranjal. Estamos construindo um grande partido e não vamos permitir qualquer tipo de mácula, mas também não vamos prejulgar qualquer coisa que ainda está em apuração", disse.
Outro ex-ministro citado nas revelações sobre candidaturas laranjas, Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, foi demitido na última segunda-feira (18). Segundo o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio do Rêgo Barros, o presidente Bolsonaro demitiu seu ex-coordenador de campanha por motivos de "foro íntimo".
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