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Polícia investiga agressão a dois jovens no pré-carnaval de SP

Júlia Marques

27/02/2019 15h10

A Polícia Civil investiga agressões sofridas por dois jovens que acompanhavam o desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta no último domingo, 24, na Consolação, região central de São Paulo. O caso foi divulgado por um deles nas redes sociais na segunda-feira, 25.

"Eu estava com alguns amigos ao lado do trio elétrico quando um amigo meu e eu fomos atingidos por uma pedra cada um. Eu tive a sorte de terem acertado minhas costas, mas meu amigo foi acertado na cabeça e, imediatamente, caiu desacordado", relatou o advogado Gustavo Mendonça, de 24 anos.

Segundo depoimento de Mendonça à Polícia Civil, a agressão ocorreu no início da noite, quando o grupo estava entre o Mackenzie e a Praça Roosevelt, na região da Consolação, no centro de São Paulo.

O químico e professor Thiago Oliveira, de 24 anos, foi atingido na cabeça e recebeu atendimento de primeiros socorros na Santa Casa de Misericórdia, no centro da capital. Segundo informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP), por causa do "estado grave" de Oliveira, o jovem foi levado ao Hospital Carlos Chagas, em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde passaria por uma cirurgia.

Procurado, o Hospital Carlos Chagas não informou na noite desta terça-feira, 26, o estado de saúde da vítima nem se permanecia internada na unidade. Ao Estado, Mendonça disse que o amigo continuava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na noite desta terça-feira, 26, e seu estado de saúde era delicado.

Segundo Mendonça, a agressão pareceu proposital. "Pela força das pedras é muito difícil imaginar que não foi de propósito e, considerando que nunca nos envolvemos em brigas, não consigo ver outro motivo para termos sido atacados senão por um preconceito nojento", escreveu no Facebook. "Imagino que o que tenha motivado isso foi estarmos usando 'tops' como fantasia de carnaval."

A ocorrência foi registrada no 4º DP (Consolação) como lesão corporal, no caso de Mendonça, e lesão corporal grave, no caso de Oliveira. Procurado, o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta não foi localizado.