O que vai fazer a cabeça do folião em 2019
O mercado tem crescido tanto que lojas especializadas em acessórios cobram até R$ 1,5 mil por peça exclusiva. São peças personalizadas, com materiais de todo tipo,muita cor e brilho.
Este ano, pela primeira vez, a publicitária Julia Franco, de 30 anos, investiu R$ 200 para comprar três tiaras personalizadas. "Nunca tinha comprado uma peça personalizada de qualidade tão boa. Até o ano passado, comprava coisa barata, achando que era diferente. Chegava lá no bloco e estava todo mundo com a mesma cabeça no bloco. Horrível. O meu foco é no diferencial e na qualidade."
Já no pré-carnaval, usou uma tiara de cupido, cheia de detalhes de rosas e corações. Foi um sucesso. "Muita gente adorou e me parou para perguntar onde eu tinha comprado." Ela preferiu não comprar cabeça de penas para não sofrer com a chuva, que promete cair nos dias de folia. E ainda planeja a compra da quarta e última cabeça para ter um adereço para cada dia.
O engenheiro Tadeu Zanardo, de 26 anos, também leva o carnaval a sério. Ao todo, com figurinos feitos por costureira e adereços personalizados, o gasto foi de R$ 250. Este ano, ele repete uma tradição que começou em 2018: vai usar adereço de cabeça. Será um ET com um disco voador e um arco-íris embaixo - que custou R$ 40.
"O diferencial que uma peça dessas dá é o principal motivo para me fazer comprar uma cabeça", conta. Aparecer, brilhar e chamar atenção fazem parte da estratégia. "Também uso para me destacar, por isso compro as mais diferentes, e não uma pronta na (Rua) 25 de março. Gosto das elaboradas porque você consegue se destacar e montar uma fantasia original."
E se chover e estragar a cabeça? "Faz parte do carnaval", diz ele. A tiara deste ano será reaproveitada no pós-carnaval, mas nunca repetida na folia do ano que vem. "Levo carnaval a sério. Gosto mesmo de pensar em tudo. É a melhor época do ano para mim."
Rede social. Na busca pelo adereço perfeito, o Instagram tem sido a principal ferramenta usada pelas clientes e pelas marcas. A Partiu_Carnaval, marca da arquiteta Laura Ferraz, de 27 anos, com outras duas amigas, foi criada virtualmente e acumula milhares de seguidores interessados nas cabeças. Em 2017, elas conseguiram venderam tops para o carnaval. Em 2018, não deram continuidade, mas retomaram as vendas com foco em adereços de cabeça para o carnaval deste ano.
Na Partiu_Carnaval, a peça mais vendida é a tiara de flores e penas. Os valores variam de R$ 25 a R$ 70, de acordo com o material. "As mais baratinhas, tipo a de sereia, com conchas de verdade, fazemos em 15 minutos. As maiores, tipo uma enorme com vários planetas, são mais caras", explica Laura.
A artista plástica Patrícia Schettino, de 43 anos, comprou pela primeira vez um adereço de cabeça este ano. E resolveu investir: comprou duas tiaras para ela própria (cada uma a R$ 350) e outra para a filha, Beatriz, de 8 anos, por R$ 420. A da filha é rosa com penas e passarinhos, e as duas dela são dourada com flores da mesma cor e azul com pompons na frente.
"A cabeça serve não só para enfeitar, para a gente se sentir bonita e alegre, mas para coroar", relata ela, que adora pular carnaval. "Mas se eu puder de ideia e tiver alguma festa, vou usar. E minha filha também quando for curtir uma matinê vai usar."
Pelo mundo. Fundadora da loja Can-Can Acessórios, Fernanda Guimarães diz que as peças na loja variam de R$ 200 a R$ 1,5 mil, segundo o tempo e o material usados. As clientes que optam por desembolsar esses valores por um adereço de cabeça, afirma ela, têm entre 25 e 35 anos, com mais maturidade financeira.
Todo ano, Fernanda escolhe um país como tema, viaja até o local, adquire os materiais e cria as peças inspiradas na cultura daquele lugar. No ano passado, a opção foi pela Indonésia, então o dourado foi a principal cor dos itens. Este ano, as peças têm inspiração no México e na Guatemala. "São produtos mais exclusivos, com material muito especial", conta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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