Formado só por mulheres, Bloco Pagu desfila no centro de SP
Ligado à temática feminina desde sua concepção, esse é o terceiro ano de realização de Pagu. "Tudo começou em 2016, quando eu e uma amiga tivemos a ideia de criar um bloco", relata Thereza Menezes, de 33 anos. "Como a gente já transitava muito pelo universo feminino dentro da nossa área, que é o cinema, o conceito surgiu naturalmente", conta.
Desde a primeira edição, em 2017, o tamanho da bateria mais que dobrou - hoje, são 130 mulheres se apresentando para o público de São Paulo, muitas sem nenhuma experiência prévia.
"Essa é a primeira vez que saio num bloco, nunca tive experiência parecida antes", diz Luiza Rossi, de 30. Ela começou a frequentar as oficinas promovidas pela organização do bloco no final do ano passado.
É o mesmo caso da terapeuta Carolina Tannure, de 37. Ela conheceu o Pagu por meio de um ensaio público da bateria, em janeiro de 2018. "Aquilo me contagiou tanto que me cadastrei para a oficina seguinte no dia em que a inscrição foi aberta", relata. "Não se trata só do bloco ou só da música, é um ambiente maravilhoso e de muita união", disse.
Bruna Sano, de 31, participou de outras baterias nesse ano, mas só na de Pagu encontrou tamanha união. "É um clima que a gente não encontra em blocos mistos, uma energia muito diferente. A bateria ainda é um ambiente muito masculino", disse
Após abertura clamando por respeito aos direitos das mulheres durante a folia e homenageando a vereadora Marielle Franco, morta há quase um ano, O bloco começou a andar por volta das 15h.
O repertório vai de Marisa Monte a Gal Costa. Segundo Thereza, as músicas tocadas são todas facilmente associadas à voz de uma mulher, seja compositora ou intérprete.
Por volta das 15h30, ecoaram gritos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, com o apoio da bateria. A cena se repetiu algumas vezes durante o trajeto pelas ruas do centro.
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