Juiz revoga quebra de sigilo do escritório de Mariz
Vallisney anotou que cancelava a quebra do sigilo "considerando o pedido de acesso aos autos e os possíveis requerimentos posteriores da advocacia Mariz de Oliveira". O magistrado assinalou que "tomou a cautela para não tornar a situação irreversível".
Nesta quinta, 7, Vallisney encaminhou ao Ministério Público Federal, para manifestação, documentos juntados aos autos por Mariz.
A quebra do sigilo de Mariz provocou imediata reação em cadeia dos principais nomes da advocacia em todo o País. Mais de 1.600 advogados subscreveram manifesto de apoio a ele. A grande corrente de penalistas, civilistas e constitucionalistas classificou a medida judicial como "uma das maiores afrontas ao direito de defesa experimentadas desde a redemocratização".
Quando o sigilo de seu escritório foi quebrado, Mariz declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que não temia a investigação.
Na ocasião, o criminalista disse que ainda não tinha acessado a ordem judicial. Ele acredita que ela ocorreu no âmbito de uma investigação sobre o ex-presidente Michel Temer, sob suspeita de tentar silenciar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB/RJ) e o corretor Lúcio Bolonha Funaro, que virou delator na Operação Sépsis - apuração sobre desvios e fraudes na Caixa.
Mariz defendeu ambos, Temer e Funaro. À defesa do ex-presidente ele renunciou no dia 29 de dezembro passado por "impedimento legal e ético". Segundo Mariz, o impedimento surgiu a partir do momento em que foram arroladas testemunhas de acusação contra Temer que o próprio Mariz já havia defendido em outras ações. Uma dessas testemunhas é Funaro, delator do próprio Temer.
Mariz defendeu Funaro até junho de 2016. Ao renunciar à defesa dele, o criminalista decidiu devolver parte dos honorários recebidos. A devolução ocorreu, informa Mariz, em duas etapas, somando R$ 300 mil, via bancária.
Defesa
O criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira Mariz não comentou a decisão do juiz Vallisney de revogar a quebra do sigilo bancário do escritório.
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