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Olavo de Carvalho nega influência no Ministério da Educação

Gregory Prudenciano

São Paulo

12/03/2019 17h30

O filósofo Olavo de Carvalho publicou em seu Facebook que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, nunca o procurou em busca de conselhos, apesar de ter sido indicado para a pasta por ele. Apontado como ideólogo do governo, Olavo de Carvalho também negou relação com a demissão do diplomata Paulo Roberto de Almeida, que aconteceu no carnaval.

"Indiquei o prof. Vélez para o ministério, mas ele nunca me pediu um conselho. Não tenho nada a ver com qualquer decisão dele", escreveu Olavo, apontado como ideólogo do governo Jair Bolsonaro (PSL). "Também nada fiz contra o tal coronel Roquetti, apenas reclamei contra a remoção de alunos meus, pessoas altamente capacitadas, para cargos menores e inócuos", disse Olavo em referência à exoneração do coronel Ricardo Roquetti do Ministério da Educação (MEC).

Nos últimos dias, o MEC promoveu mudanças em seus quadros, exonerando alguns funcionários e mudando outros de departamento. Entre os atingidos pelas mudanças, estão discípulos que Olavo de Carvalho, que atribuíram a movimentação a Roquetti, assessor de Vélez Rodríguez. Na sequência, Roquetti teria sido exonerado a pedido do presidente Bolsonaro, numa tentativa de pacificar o ministério.

Olavo ainda disse não estar relacionado à demissão do diplomata Paulo Roberto de Almeida. O funcionário do Itamaraty foi exonerado em 4 de março pelo chanceler Ernesto Araújo, que é próximo a Olavo e, assim como Vélez Rodríguez, foi indicado ao cargo pelo filósofo. Almeida presidia o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri), ligado ao Ministério das Relações Exteriores.

"Estou de saco cheio de malucos que me atribuem poderes demoníacos de influenciar pessoas por telepatia", encerrou Olavo em seu post.