Site francês retira do ar texto que veicula notícia falsa
A publicação original que acusou a repórter do Estado de tentar "arruinar" o governo de Jair Bolsonaro foi feita em um texto de Rhalib intitulado Para onde vai a imprensa?. Ele foi publicado em uma seção do site Mediapart chamada "Le Club", na qual seus assinantes podem manter blogs. Rhalib reagiu no Twitter à retirada do texto, afirmando ter sido censurado.
Sob o título "Mediapart apoia os jornalistas brasileiros diante das mentiras de Bolsonaro", o site francês diz que tomou a decisão porque as regras de "participação no Mediapart, que todo assinante se compromete a respeitar, vedam a difusão de 'notícias falsas'". Segundo o site, após a conclusão da verificação, ficou claro de que esse era o caso do post de Rhalib e, por isso, ele foi retirado do ar e "seu autor informado sobre a decisão".
O jornal informou ainda que, em razão da polêmica no Brasil nos últimos dois dias e para que cada leitor possa tirar suas conclusões, manteve um PDF com o post original anexado ao esclarecimento publicado nesta terça pelo site. No domingo, Bolsonaro havia endossado a tese publicada pelo blogueiro belga reproduzido pela site Terça Livre.
Questionado na terça se o presidente poderia fazer mea-culpa no caso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) voltou a atacar a jornalista. "Quem falta fazer mea-culpa é ela ou o Estadão e não agir dessa maneira corporativista. Até porque o próprio jornalista francês chegou à conclusão de que ela realmente não falou com essas palavras, mas ela está trabalhando lá para fazer o impeachment do presidente. A motivação dela não é um esclarecimento dos fatos e nem a busca em transmitir informação", disse ele. "A motivação dela é derrubar o presidente da República."
Rhalib, Terça Livre e Bolsonaro atribuíram falsamente à jornalista do Estado a declaração de que teria "intenção" de "arruinar Flávio Bolsonaro e o governo". Era isso que Rhalib afirmava falsamente, alegando que Constança havia dito isso em uma conversa gravada em que a repórter fala da cobertura jornalística das movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). As gravações, no entanto, mostram que em nenhum momento ela fala em "intenção" de arruinar o governo ou o presidente.
Segundo o site francês, Constança em nenhum momento revela qualquer "motivação secreta para seu trabalho legítimo". "Ela só apura um caso possivelmente comprometedor para o presidente de seu País, baseando-se em documentos oficiais e, em nenhum momento, em informações inventadas como dá a entender Jawad Rhalib." O Estado procurou Rhalib, mas ele não respondeu aos contatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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