Bolsonaro deve manter polêmicas nas redes, diz analista
Na avaliação de Ortellado, postagens como a que Bolsonaro fez no domingo, quando reproduziu em sua conta no Twitter uma notícia falsa envolvendo uma repórter do jornal O Estado de S. Paulo, fazem parte da estratégia de manter a imagem de "inimigos" do governo por meio de publicações que gerem repercussão elevada. Para o professor da USP, essa estratégia do presidente tem como base o populismo.
"A campanha de Jair Bolsonaro foi muito sistêmica, através de um discurso antielitista que atribui os males da Nação a uma elite corrupta. Isso significa que os alvos do candidato antissistema foram os partidos tradicionais e a imprensa. Isso está enraizado na campanha, e esse tom não será perdido durante todo o mandato, acredito."
O Estado mostrou nesta semana que Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter um ataque à imprensa a cada três dias, em média. O professor entende que a postura antissistema, que muitas vezes passa por um discurso contrário à imprensa, cria um processo de mobilização entre os seguidores de Bolsonaro.
"Uma vez que se dispensa e antagoniza os meios de comunicação, passa a se comunicar com a sua base diretamente pelas redes sociais", afirmou. "Essa comunicação precisa ser permanente. A base precisa ser constantemente mobilizada, senão a mensagem não trafega. É por isso que o presidente não pode ter uma postura mais presidencial", disse.
Mensagens
Ortellado observou que as postagens mais "reflexivas" do presidente não têm tanta repercussão quanto as polêmicas. Por isso, o analista considera que, em vez de reduzir as publicações controversas, Bolsonaro deve intensificá-las.
"Parece que o presidente está pesando a mão cada vez mais. Uma mudança de tom diminui a presença dele nas redes, já que é preciso compartilhamentos para atingir milhões de pessoas. Uma mensagem reflexiva e presidencial não gera isso. Uma mensagem eficiente nas redes sociais é sempre carregada de emoção", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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