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MP 870: Pedido do PSL para votação nominal de emendas faz Centrão pedir obstrução

Renato Onofre e Mariana Haubert

Brasília

22/05/2019 18h02

O início da discussão da medida provisória da reestruturação administrativa começou tumultuado. Descumprindo o acordo feito pelos líderes do governo com o chamado Centrão, bloco de partidos liderados pelo PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade, a bancada do PSL pediu votação nominal de todos os destaques da MP 870, dos ministérios.

Ontem, líderes acertaram que só quatro pontos teriam destaques, entre eles o que tira o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e devolve para a Economia.

O movimento foi articulado por parlamentares do PSL sem comunicar ao líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), que admitiu, em plenário, ao líder do PP, Arthur Lira (AL), que não sabia quem era o autor do requerimento.

Os partidos de oposição e de Centrão entraram em obstrução contra um pedido de votação nominal em todas as decisões. Lira liderou a obstrução dizendo que o Planalto precisa "tomar juízo". Ele criticou o pedido de voto nominal, que é uma manobra de minorias para impedir a votação.

O pedido tem a intenção de revelar os votos dos parlamentares sobre pontos polêmicos como o Coaf. Por causa da obstrução, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão e convocou uma nova em seguida.

A nova sessão começou com movimentos de obstrução da oposição, que pediu a leitura da ata e novo painel. Por enquanto, não há quórum para abrir a ordem do dia.