Topo

Bolsonaro admite disputar reeleição se reforma política não sair

O presidente da República, Jair Bolsonaro, participa da Marcha para Jesus, principal encontro evangélico do país, em São Paulo - Jales Valquer/Framephoto/Framephoto/Estadão Conteúdo
O presidente da República, Jair Bolsonaro, participa da Marcha para Jesus, principal encontro evangélico do país, em São Paulo Imagem: Jales Valquer/Framephoto/Framephoto/Estadão Conteúdo

Bárbara Nascimento

São Paulo

20/06/2019 17h27

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que, "se o povo quiser" e uma boa reforma política não for feita no País, estaria disposto a tentar a reeleição. "Se tiver uma boa reforma política, posso até jogar fora a ideia da reeleição. Mas se não tiver uma boa reforma política, e o povo quiser, estamos aí para continuar a nossa candidatura", disse à imprensa após evento evangélico em São Paulo.

Questionado, o presidente afirmou não ter lido a entrevista do general Santos Cruz, demitido por ele na semana passada, à Revista Época, mas afirmou que o ex-ministro é "página virada". Instigado sobre o fato de Santos Cruz ter dito que o governo "é um show de besteiras", completou: "Ele ficou 6 meses no governo e nunca disse que tinha bobagem lá dentro".

O presidente voltou a defender o ministro Sergio Moro ao dizer que considera o ex-juiz um "patrimônio nacional". Bolsonaro ponderou que as conversas podem ter sido alteradas, mas ressaltou não achar "nada de mais" que um juiz converse com ambas as partes. Diante da insistência dos repórteres sobre o assunto, Bolsonaro se irritou e afirmou não responder por Moro. "A imprensa aqui é o quê? Lula livre?", questionou em tom alterado.

O presidente afirmou, ainda, que quem cria emprego não é o setor público, mas a iniciativa privada. Para isso, disse, é necessário votar a reforma da Previdência para retomar a confiança. Nesse sentido, ele citou também a reforma tributária e a MP da liberdade econômica.

Bolsonaro visita familiares e sobrevoa jazidas de grafita no interior de SP

TV Folha