Tereza Cristina: Setor de couro brasileiro é sustentável
A ministra disse que a suspensão causa prejuízo à imagem do Brasil, mas que há "exagero" na forma como o País é mostrado para o exterior. "Se nós ficarmos aumentando o tom dessa conversa, teremos ainda mais prejuízo. Ou é interessante ficarmos alimentando coisas que não são verdadeiras?", indagou. "Temos que mostrar nossa realidade. O que nós temos de mazelas já estamos resolvendo. O governo federal mandou tropas das Forças Armadas para coibir o ilegal e o ilícito na Amazônia."
A resposta da ministra vem após importadores de couro suspenderem as compras do produto brasileiro e pedirem esclarecimentos sobre a procedência da matéria-prima ao setor no Brasil em decorrência do avanço das queimadas na Amazônia. A VF Corporation, empresa responsável por marcas como Timberland, The North Face, Kipling e Vans, disse em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo na noite de ontem (28) que decidiu não seguir se "abastecendo diretamente com couro e curtume do Brasil para os negócios internacionais até que haja a segurança que os materiais usados em nossos produtos não contribuam para o dano ambiental no País".
A suspensão havia sido divulgada ontem (28) pela manhã em carta do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. No entanto, ontem mesmo o presidente da entidade, José Fernando Bello, disse que havia se tratado de um "erro de pré-avaliação" da entidade e que a exportação não estava, por enquanto, suspensa. Mais tarde, porém, as indústrias relataram que haviam deixado de comprar a matéria-prima brasileira.
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