Eduardo Bolsonaro destaca busto de barão do Rio Branco em comissão da Câmara
O busto, feito em metal, foi instalado na mesa diretora da comissão. "Era uma pessoa queridíssima, então está aqui a justa homenagem feita, atrás dessa presidência", disse ele na quarta-feira, 18, ao anunciar a mudança.
Eduardo Bolsonaro, que se esforça para obter apoio a sua indicação como novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, sofre resistências entre os "itamaratecas" - alcunha dada a servidores do Itamaraty - justamente por não ser um diplomata profissional, de carreira.
O anúncio do presidente de que indicaria o filho para Washington, a embaixada mais cobiçada e geralmente entregue aos mais experientes diplomatas, foi visto como um gesto de desprezo à carreira, uma das que têm acesso mais concorrido no serviço público.
O aceno a Rio Branco veio acompanhado de uma demonstração de dedicação aos estudos de História. O deputado diz que tem assistindo a vídeos no YouTube e lendo livros sobre o Brasil. Ele terá de ser aprovado em sabatina pelos senadores, quando o Palácio do Planalto indicar seu nome. De cabeça, sem colar das folhas de papel, Eduardo Bolsonaro passou a discorrer sobre a carreira e o papel de Rio Branco na fixação das mais tardias fronteiras nacionais, para o desenho territorial que o País tem hoje.
"Já foi deputado, igual a nós, deputado geral pelo Mato Grosso. Ajudou seu pai, Visconde de Rio Branco, na confecção do tratado que finalizou a Guerra do Paraguai, em 1870. Depois ajudou Santa Catarina e Paraná, na questão de Palmas, nas nossas fronteiras com a Argentina. Ajudou na questão das nossas fronteiras ao Norte, onde hoje se encontra o Amapá, em uma discussão com a França que foi arbitrada na Suíça. E também o Estado do Acre, que sua capital Rio Branco, não é por acaso."
Simbologia à parte, a quem lhe pergunta sobre quando vai ser formalmente indicado embaixador, o filho do presidente desconversa: "Será em outubro, mas ainda não tem data definida".
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