Juiz manda Marcelo D2 remover tuítes contra Doria sobre Paraisópolis
As mensagens afirmavam que Doria seria o "mandante" da ação e um "assassino" devido a declarações do próprio tucano no ano passado à Rádio Bandeirantes. À época, o governador afirmou que a partir de janeiro deste ano "a polícia ia atirar para matar".
"Não façam enfrentamento com a Polícia Militar nem a Civil. Porque, a partir de 1º de janeiro, ou se rendem ou vão para o chão. Se fizer o enfrentamento com a polícia e atirar, a polícia atira. E atira para matar", declarou Doria, em vídeo publicado em seu próprio perfil no dia 1º de outubro de 2018.
Após a repercussão das mensagens críticas de Marcelo D2, o governador foi à Justiça alegar que foi vítima de comentários que atacaram sua honra e imagem, vinculando-o como "responsável direto pelas mortes ocorridas no recente episódio lamentável e infeliz da comunidade de Paraisópolis/São Paulo".
A defesa do tucano destacou que Marcelo D2 teria "intenção de retaliação e propagação de discurso de ódio" e "agido com abuso do direito de liberdade de expressão".
Ao atender a manifestação do governador, o desembargador Luiz Antônio de Godoy anotou que "vislumbra-se abuso do direito de liberdade de expressão" e perigo de dano a Doria "tendo em vista a repercussão gerada por suas publicações".
Além de impor multa de R$ 500 para cada dia que os três tuítes permanecessem no ar, o magistrado determinou que Marcelo deverá se abster de "vincular o nome" de Doria à tragédia de Paraisópolis como "suposto mandante".
O governador João Doria não quis comentar a decisão.
COM A PALAVRA, O CANTOR MARCELO D2
A reportagem entrou em contato, via e-mail, com a assessoria de imprensa do cantor Marcelo D2 e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO RENATO OPICE BLUM, QUE DEFENDE JOÃO DORIA
"Essa decisão está alinhada com a jurisprudência que repele o discurso de ódio"
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