Coronel Marcelino deixa comando da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo
O coronel Marcelino Fernandes da Silva deixou nesta quinta-feira, 20, o comando da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, órgão que comandava desde 2017 e onde passou maior parte da carreira. O substituto para o cargo ainda não foi definido e o posto deverá ser ocupado interinamente pelo tenente-coronel Rodney Moreira da Silva, de acordo com informações divulgadas pela corporação.
A mudança ocorre pelo fato de Marcelino ter atingido o tempo limite de serviço, tendo passado para a inatividade. A passagem do cargo foi registrada oficialmente no Diário Oficial do Estado. Em nota, o comando da Polícia Militar agradeceu Marcelino "por todo o tempo que esteve à frente da Corregedoria". "Sua gestão foi, em todo tempo, pautada pela transparência, competência e respeito absoluto às leis", declarou.
Sob seu comando, o órgão atuou em uma série de casos emblemáticos, entre eles o assassinato da PM Juliane Duarte, executada pelo crime organizado em 2018. Ele também chefiou a investigação sobre a morte de nove jovens após ação em um baile funk em Paraisópolis, em dezembro. Em janeiro, o inquérito foi finalizado sem apontar culpa para os policiais.
O Estado mostrou em janeiro que, nas horas vagas, o coronel já tocava uma carreira de coach. Ele realiza cursos motivacionais desde 2013 e calcula ter palestrado para mais de 25 mil alunos. Como coach, Fernandes costuma explorar a própria história em palestras. Filho de um cabo da PM, ele conta que trabalhou na juventude como auxiliar de garçom, vendeu pastel na feira e até engraxou sapatos em rodoviária.
No Youtube, há palestras de Fernandes com mais de 23 mil visualizações. Também acumula fãs nas redes sociais - só no Instagram, onde se apresenta como "PM de Cristo" e publica pílulas diárias de conselhos, são 9,6 mil seguidores. "Nunca desista... A realização de seu sonho pode estar para acontecer ainda nesse ano, acredite e já agradeça! O nome disso é fé!", diz em uma das mensagens.
Para chegar à posição de comando na PM, um episódio da adolescência teria sido decisivo, segundo relata nos cursos. Certa vez, viu militares batendo continência para "um cara cheio de medalha, de quepe e coisas douradas". Impactado pela cena, Fernandes teria comentado em voz alta: "Vou ser coronel".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.