OMS mostra grande preocupação com casos de coronavírus na Itália, Irã e Coreia
O diretor executivo da OMS, Michael J. Ryan, disse que em países europeus, os sistemas de saúde já operam em quase 100% da capacidade, portanto haveria poucos leitos vagos em hospitais caso haja um avanço forte de coronavírus. "Em países desenvolvidos, os sistemas de saúde podem ter pressão extra. Mas se desacelerarmos o avanço do vírus na Europa em algumas semanas, já haverá muita capacidade extra porque o 'flu season' (época em que a gripe costuma atingir o continente com mais força) termina."
Tedros afirmou que a OMS está encorajada com a "contínua queda" de novos casos registrados na China. De acordo com o diretor-geral, a organização concluiu visita à China e preparou relatório sobre a missão, incluindo detalhes sobre a transmissibilidade do vírus, a gravidade da doença e o impacto das medidas tomadas. "A equipe observou que não houve mudança significativa no DNA do vírus, que a taxa de fatalidade está entre 2% e 4% em Wuhan e 0,7% fora de Wuhan", disse. "Observou também que para pessoas com doenças leves, o tempo de recuperação é de cerca de 2 semanas; para pessoas com doenças severas ou críticas, a recuperação dura entre 3 e 6 semanas."
Ele disse ainda que a epidemia alcançou pico em 23 de janeiro e que, desde 2 de fevereiro, vem caindo constantemente. "A mensagem chave é que este vírus pode ser contido", concluiu, ressaltando que diversos países estão conseguindo a contenção.
Durante a coletiva, a organização agradeceu também à ajuda de 232 milhões de euros disponibilizada pela União Europeia para combater o vírus.
De acordo com executivos, nos próximos dias a entidade já deve ter condições de usar parte dos recursos doados.
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