'Provocação' e 'irresponsabilidade': parlamentares condenam passeio de Bolsonaro
O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) foi um dos parlamentares a classificar a atitude do presidente como "irresponsabilidade". Ramos também entendeu o "rolezinho" do presidente como uma "clara provocação" ao ministro da Saúde. "O 'rolezinho' do presidente além de uma irresponsabilidade é um péssimo exemplo é uma clara provocação ao ministro Mandetta que tem sido uma voz de lucidez no governo no combate ao coronavírus. Lamentável", escreveu.
Oposição ao presidente, a bancada do PT no Congresso também se manifestou. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), chamou Bolsonaro de "Capitão Corona" e disse que o presidente afrontava todos os procedimentos orientados pelos organismos de saúde. Outro rque se manifestou foi o deputado federal José Guimarães (CE), que afirmou que o ato de Bolsonaro configura "crime de responsabilidade ao ameaçar a saúde pública".
Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também se dirigiu a Bolsonaro chamando-o de "Capitão Corona". Freixo foi mais um a considerar a aparição pública do presidente como uma irresponsabilidade e lamentou o que classificou como falta de "bom senso" e "caráter".
Presidente nacional do Cidadania, o deputado federal Roberto Freire (SP) também criticou Bolsonaro. Freire compartilhou uma série de postagens que censuravam o passeio do presidente. Em uma delas, um seguidor o perguntava: "Gente, sou só eu que está vendo essa loucura? Num lado bolsonaro estimula saída as ruas - único caso no mundo - . No outro, todos pregando o isolamento social, inclusive do gov que Jair preside. Onde isso vai parar?". Em resposta, o deputado comentou: "Surreal, mas, infelizmente no Brasil, por malefício de Bolsonaro, é real".
O deputado Alexandre Frota (PSDB) disse que Bolsonaro estaria "espalhando mais o vírus" por Brasília. Marcando a conta oficial do presidente na mensagem, o deputado parabenizou-o ironicamente pela "falta de responsabilidade com o povo brasileiro."
"Um presidente que força as pessoas a escolherem entre uma doença e um prato de comida não merece o cargo que ocupa", foi o que afirmou a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), ao se manifestar sobre o caso. A parlamentar também lembrou que a justiça já havia se manifestado para impedir que Bolsonaro voltasse a atuar contra o isolamento.
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