Saúde admite que quantidade de testes para coronavírus feita no País não é ideal
Os testes realizados são do tipo RT-PCR, método que identifica o coronavírus em até sete dias do início dos sintomas, período em que o vírus ainda está agindo no organismo do paciente.
"Estamos testando em uma quantidade não ideal para o tamanho, magnitude e dinâmica do Brasil, mas é melhor do que nos meses anteriores", afirmou o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário. Em março, no começo da pandemia no País, a média semanal de testagem era de 8,7 mil. Atualmente, é de 46,1 mil.
O número, porém, ainda é bem distante dos 46 milhões almejados pela pasta ainda para este ano. No último dia 6, o ministério lançou o Programa Diagnosticar para Cuidar, cujo intuito era ampliar a testagem até atingir 22% da população.
O governo comprou 13,9 milhões de RT-PCR, recebeu 4,7 milhões e repassou 3,1 milhões aos laboratórios públicos, ainda de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira. Com isso, ainda há 9,1 milhões a serem entregues pelos fornecedores ao Ministério da Saúde. Sobre isso, Macário justificou que a capacidade de produção dos laboratórios não é imediata e que a maioria dos produtos é importado, neste momento em que há problema no transporte internacional. "Mas está dentro da nossa programação."
Mais de 3,7 mil óbitos estão em investigação para saber se foram por conta da covid-19 e aguardam o resultado de exames.
O Brasil registrou 1.039 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, o que aumentou o total de óbitos pela doença para 24.512 no País. De ontem para hoje, 16.324 novos casos de infecção pelo novo coronavírus foram registrados e agora já são 391.222 pessoas contaminadas. Do total de óbitos confirmados, somente 284 ocorreram nos últimos três dias. O restante aconteceu em período anterior, mas só teve agora a confirmação. O ministério informou que outros 3.882 óbitos estão em investigação por suspeita de covid-19.
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