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Frequentadores do Ibirapuera reclamam de fazer exercício de máscara

Movimento no Parque do Ibirapuera - ANANDA MIGLIANO/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimento no Parque do Ibirapuera Imagem: ANANDA MIGLIANO/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo

13/07/2020 11h13

No primeiro dia de funcionamento após a quarentena, o parque do Ibirapuera, na zona sul, teve grande movimentação na manhã de hoje. Desde as primeiras horas da manhã, centenas de pessoas caminhavam, corriam e pedalavam, as únicas atividades permitidas nesse estágio da reabertura.

O uso obrigatório de máscara, no entanto, gerou reclamações. Com dificuldade para correr e se exercitar com a proteção, muitos abaixavam ou simplesmente tiravam a máscara, atitude frequentemente corrigida pelos fiscais municipais.

Juntamente com o parque do Carmo, na zona leste, o Ibirapuera foi o único a reabrir às 6h desta segunda-feira. Os outros parques retomam as atividades a partir das 10h. Serão setenta parques municipais e outros nove endereços estaduais reabertos. Os parques funcionam em horário restrito, até 16h, e apenas em dias úteis, com acesso fechado a bebedouros, espaços de esportes coletivos, equipamentos de ginástica e parquinhos infantis. Atividades em grupo também são proibidas.

A retomada dos parques trouxe uma reclamação: o uso de máscaras durante a atividade física. Muitos frequentadores relataram incômodo de usar o equipamento durante a prática. As reclamações vão desde o desconforto no uso - a máscara fica caindo e se umedece rapidamente - até a dificuldade para respirar. "É quase impossível correr com máscara. Precisamos nos adaptar", diz o securitário Thiago Pereira, de 40 anos. "Eu percebi que meu desempenho caiu. Corro 10 quilômetros, mas a partir do sétimo e oitavo, eu já estava com dificuldades para respirar. Parece que o ar não vem", completa o morador do Paraíso (zona sul).

A reportagem flagrou vários fiscais da prefeitura orientando sobre o uso correto da máscara. Nesse momento da flexibilização da quarentena, não há multa. Apenas orientação. "Tem muita gente sem máscara. A gente corre o risco de ter o parque fechado de novo se continuar assim", diz a administradora Marcelle Noronha, de 38 anos. A funcionária pública Ana Paula Galletto Machado, de 44 anos, estava mais conformada. "Eu prefiro correr com a máscara a ficar sem o parque aberto", disse a corredora.