MPF quer destinar à Unicamp R$ 1,2 mi vindos de acordos da Operação Sangue Impuro
Os recursos são oriundos de acordos de não persecução penal firmados com três investigados no âmbito da Operação Sangue Impuro que, em 2018, apurou a importação subfaturada de cavalos de competição de alto valor, internalizados pelo Aeroporto Internacional de Viracopos. Segundo estimativas da Receita Federal, o prejuízo causado pelas fraudes entre 2011 e 2015 pode ter chegado a R$ 160 milhões.
Segundo Fausto Kozo Matsumoto Kosaka, procurador da República responsável pela operação e pelos acordos, a situação de emergência causada pela pandemia justifica a aplicação dos recursos em ações concretas e urgentes direcionadas à preservação da saúde e da vida da população.
"O Hospital das Clínicas da Unicamp é a única unidade pública de alta complexidade da região de Campinas e uma das poucas que são referência no estado para o tratamento gratuito de pacientes com covid-19. A Unicamp também mantém o Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti (Caism), referência em atendimento a mulheres infectadas pelo coronavírus e que também sejam gestantes de alto risco, ou portadoras de câncer de mama ou ginecológico. Além disso, a universidade desenvolve atualmente diversos projetos de pesquisas de ponta relacionados à problemática da pandemia, como testes de diagnóstico e equipamentos de proteção individual", informou a assessoria de imprensa do Ministério Público.
Em abril deste ano, a Justiça Federal já havia destinado, a pedido do MPF, R$ 1,1 milhão resultante de acordos das operações Hipócrates e Sangue Impuro para ações de combate à pandemia na Unicamp.
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