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Brasil não terá horário de verão pelo segundo ano consecutivo

Usado até 2018, horário de verão era decretado para economia de energia em alguns estados - Getty Images/iStockphoto
Usado até 2018, horário de verão era decretado para economia de energia em alguns estados Imagem: Getty Images/iStockphoto

Denise Luna

17/10/2020 15h46Atualizada em 19/10/2020 09h28

Pelo segundo ano seguido o Brasil não terá horário de verão, instrumento usado com o objetivo de economizar o consumo de energia em 10 estados que registram maior luminosidade entre outubro e fevereiro. Aplicada pela primeira vez na década de 1930, a medida vigorou ininterruptamente no Brasil entre 1985 e 2018.

Por decreto em abril do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro encerrou o horário de verão após estudo do Ministério de Minas e Energia (MME) apontar que com o fim da mudança temporária o consumidor teria uma economia de R$ 100 milhões.

"Nos últimos anos, com as mudanças no hábito de consumo da população e a intensificação do uso do ar condicionado, o período de maior consumo diário de energia elétrica foi deslocado para o período da tarde, quando o horário de verão não tinha influência. Como a luz traz consigo o calor, o horário de verão também passou a produzir um efeito de aumento de consumo em determinados horários, que já superavam seus benefícios", explicou o MME em nota na época.

A redução da economia do horário de verão começou a ser percebida e questionada em 2017, quando foi registrada uma queda de consumo da ordem de 2.185 megawatts, equivalente a cerca de R$ 145 milhões. Em 2013, a economia havia sido de R$ 405 milhões, caindo para R$ 159,5 milhões em 2016, uma queda de 60%.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou o primeiro parágrafo, o horário de verão no Brasil não começou em 2008. Ele ocorreu pela primeira vez na década de 1930. A informação foi corrigida.