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General Ramos reforça bandeira branca com Salles: 'Intrigas não resolvem nada'

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Emilly Behnke

Brasília

25/10/2020 16h02

Ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos usou as redes sociais na tarde de hoje para reforçar o acordo de paz com o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Mais cedo, Salles informou que conversou e pediu desculpas "pelo excesso" a Ramos.

"Uma boa conversa apazigua as diferenças. Intrigas não resolvem nada, muito menos quando envolvem questões relacionadas ao País. Eu e o @rsallesmma prosseguimos juntos em nome do nosso presidente @jairbolsonaro e em prol do Brasil", escreveu Ramos.

Nos últimos dias, um conflito político entre os dois ministros veio a público depois que Salles se referiu à postura de Ramos como "Maria fofoca". O contexto do impasse entre Ramos e Salles envolve uma suposta articulação do ministro palaciano para tirar Salles do governo, além de reduções no orçamento do Meio Ambiente.

O embate colocou a ala militar e a ala ideológica do governo em disputa. Pelas redes sociais, Ramos ganhou o apoio dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de membros do Centrão. Salles, por sua vez, conta com apoio da ala ideológica do governo e do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

Na sexta-feira, os dois ministros já haviam combinado de conversar e acertar as diferenças. Ramos chegou a dizer hoje durante passeio de moto com o presidente Bolsonaro que não tinha "briga nenhuma" com Salles. Desde ontem, o chefe do Meio Ambiente também dava a situação como "assunto encerrado". "Colocamos um ponto final nisso. Estamos juntos no governo, pelo presidente Bolsonaro e pelo Brasil", disse Salles hoje, em suas redes sociais.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.