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'Tem gente que é expert em tentar destruir o governo', diz Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante encontro de bolsonaristas em Niterói (RJ) - Saulo Ângelo/Futura Press/Estadão Conteúdo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante encontro de bolsonaristas em Niterói (RJ) Imagem: Saulo Ângelo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Iander Porcella

São Paulo

25/10/2020 11h17

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) citou em sua conta oficial no Twitter uma série de Medidas Provisórias que caducaram no Congresso e escreveu que "tem gente que é expert em tentar destruir o governo".

A manifestação do parlamentar é um crítica ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e um reforço no apoio público que vem dando ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ontem, Maia acusou Salles de querer destruir o governo. "O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu Maia, também no Twitter.

Salles e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, vêm protagonizando o mais recente atrito dentro do governo, que já ocorria nos bastidores e foi tornado público nesta semana após Salles usar as redes sociais para se posicionar. Salles se referiu ao ministro Ramos como "Maria Fofoca".

Ontem, um movimento coordenado de parlamentares reforçou o apoio a Ramos. Além de Maia e outras lideranças partidárias e do governo no Congresso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também endossou a campanha em defesa de Ramos.

Salles, por sua vez, conta com apoio da ala ideológica do governo e do deputado Eduardo Bolsonaro. Ontem, em entrevista ao Estadão, o chefe do Meio Ambiente deu o assunto como "encerrado".

Dentre as Medidas Provisórias listadas por Eduardo, estão a da "Liberdade estudantil", que previa a retirada do monopólio da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) sobre a emissão de carteirinhas estudantis, que perdeu validade em fevereiro; a do 13º salário para o Bolsa Família, que caducou em março; a da regularização fundiária, que perdeu validade em maio; a do "balancete empresarial", que desobrigava as empresas de publicar seus balanços em jornais impressos e foi rejeitada em maio por uma comissão mista; a que impedia o desconto de contribuição sindical em folha, que perdeu a validade ainda em 2019; e a da "Liberdade do Futebol", que alterava as regras sobre direitos de transmissão de eventos esportivos e caducou neste mês.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.