Chuva espanta frequentadores do Ibirapuera em final de semana de reabertura
Para a maioria dos frequentadores, a reabertura aos finais de semana representa uma opção importante de lazer e prática de exercícios físicos sem a correria dos dias úteis. Com o fechamento por causa da pandemia, em 21 de março, parte dos frequentadores passou a praticar atividades físicas e lazer no entorno das áreas verdes. Ou simplesmente parou. O administrador Rafael Silva, de 38 anos, conta que não tem tempo de ir ao parque durante a semana. "O final de semana é a única chance de sair com os filhos", avalia.
A cidade de São Paulo tem 108 parques municipais. Conforme protocolo de reabertura, os parques municipais limitam o acesso de frequentadores a 60% da ocupação. Em função do movimento fraco, não houve controle de entrada. Outra medida que também ficou em segundo plano foi a recomendação aos visitantes de distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas. Havia espaço de sobra. Até para os carros. O estacionamento do portão 3, nas proximidades da Avenida Pedro Álvares Cabral, em frente ao prédio da Bienal, tinha vagas vazias até o final da manhã em dos um dos espaços mais concorridos do parque. A única medida que não teve flexibilização foi o uso de máscara.
Com o tempo chuvoso, a publicitária Marcia Guimarães, de 57 anos, só saiu de sua casa, no Campo Belo, também na zona sul, para o passeio com seu cachorro, o Jeremias, adotado durante a pandemia. "Esse período de quarentena trouxe novos hábitos. Um deles foi adotar o cachorro, que estava abandonado, e sair para passear com ele. Com esse tempo feio, eu saí só por causa dele".
A professora Daniela Monteiro, de 38 anos, não tinha como adiar sua visita. Ela se inscreveu em prova virtual de 10 km. Moradora da Chácara Santo Antônio, também na zona sul, ela escolheu o parque para competir contra seus próprios limites. Mesmo com a chuva fininha. "Eu não tinha como adiar", afirma.
Os parques municipais foram reabertos em julho, inicialmente somente de segunda a sexta-feira e com horário reduzido. Naquele momento, a cidade de São Paulo estava na fase amarela do plano de flexibilização econômica estadual. Em agosto, a Prefeitura autorizou a ampliação do horário de funcionamento, mas manteve as unidades fechadas aos finais de semana.
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