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Maia defende que Congresso discuta soluções para combater racismo no Brasil

Rodrigo Maia classificou morte de João Alberto Silveira Freitas como "tragédia" e um "absurdo" - Agência Câmara
Rodrigo Maia classificou morte de João Alberto Silveira Freitas como "tragédia" e um "absurdo" Imagem: Agência Câmara

Marlla Sabino

Brasília

27/11/2020 13h28

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje que o racismo no Brasil é estrutural e defendeu que o Congresso encontre soluções junto com a sociedade para o problema. Maia participou nessa manhã de reunião da comissão externa que acompanha o caso João Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado até a morte em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre (RS).

Maia classificou o episódio como "tragédia" e um "absurdo". Ele afirmou que é necessário que parlamentares discutam sobre discriminação racial de forma permanente na Casa para que o Brasil seja um país com menos desigualdades, em que todos sejam respeitados.

"Infelizmente a gente sabe que o racismo no Brasil é uma questão estrutural, não vem de hoje, vem de longe. Acho que nós precisamos de forma definitiva aproveitar este momento e esse grupo para que gente possa fazer um debate com apoio da sociedade e a gente possa introduzir de forma definitiva na pauta da Câmara essa questão e as soluções que a política precisa encontrar junto com a sociedade", afirmou.

Instalada nesta semana, a comissão irá acompanhar os desdobramentos da investigação do caso e promover reuniões e audiências públicas para debater o tema. Na próxima terça-feira, 1, parte dos integrantes do colegiado vão se reunir com autoridades em Porto Alegre. Também está prevista uma reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

Ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o coordenador do grupo, deputado Damião Feliciano (PDT-PB), disse que um dos principais focos de atuação do grupo é formular propostas legislativas para coibir o racismo. O grupo deve apresentar um projeto para determinar a aplicação de sanções econômicas para empresas acusadas de prática racista, como a proibição de participação em licitações públicas e em programas de incentivo fiscal.