'Para além da retórica, não há qualquer evidência de fraude', afirma Barroso
A declaração vem num momento em que o presidente Jair Bolsonaro reforça as ofensivas pedindo a aprovação do voto impresso no País, colocando em xeque a segurança da urna eletrônica.
"Só posso explicar (funcionamento de urnas eletrônicas) para quem quer entender. Para quem não quer entender, não há fármaco jurídico possível", disse Barroso.
O presidente do TSE explicou que as urnas não ficam conectadas em rede, e o programa desenvolvido é fiscalizado pelos partidos, pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Depois, é lacrado num cofre para só então, na ocasião das eleições, ser inserido individualmente nas urnas.
Ainda segundo Barroso, antes da votação, um boletim inicial que mostra que a urna está com os votos zerados. Ao fim da votação, por sua vez, o boletim da urna mostra o número de votos que cada candidato recebeu.
"Não há como fraudar nem antes nem depois do boletim de urna", frisou. Segundo o ministro, os boletins de urna são enviados por uma rede criptografada, e só o TSE é capaz de decodificar os dados. Se houver alteração no caminho, o sistema detecta e rejeita informação.
Os partidos, disse Barroso, têm acesso aos boletins de urna e podem fazer conferência. "Nunca ninguém demonstrou evidência de fraude", ressaltou. "Se alguém tivesse demonstrado evidência de fraude, TSE seria primeiro interessado a investigar."
O presidente do TSE reforçou que as falhas no primeiro turno, com problemas no e-Título e na totalização dos votos, não tiveram qualquer relação com ataque hacker ou qualquer ilícito.
Barroso disse ainda que ficou em contato durante toda a semana com o diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, em meio às investigações sobre o ataque hacker. "A Operação Exploit foi conduzida com grande sucesso pela Polícia Federal."
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