Esgotamento de profissionais da saúde desafia combate à covid, diz secretário de SP
O secretário executivo de Saúde de São Paulo, Eduardo Ribeiro, avaliou hoje que o maior gargalo atualmente na capacidade do Estado de enfrentar a pandemia de covid-19 é o esgotamento da força de trabalhadores da saúde. Ele comparou essa situação à escassez de respiradores, leitos de UTI e outros equipamentos observada em todo o país no início do surto.
Ribeiro também informou que a gestão paulista manterá o custeio, ao valor de R$ 100 milhões por mês, de 2 mil leitos de UTI referenciados para o tratamento de pacientes do vírus que, segundo ele, em nenhum momento, foram habilitados pelo Ministério da Saúde, apesar de pedidos feitos nesse sentido.
"Isso significa que eles estão funcionando até hoje graças ao Estado de São Paulo e aos municípios", explicou o secretário executivo. "Garantimos que esses leitos, que poderiam ser em parte fechados, em parte destinados a outras doenças, serão mantidos para a covid-19 ao custo de mais ou menos R$ 100 milhões por mês."
A expectativa, segundo Ribeiro, é de que o Ministério da Saúde habilite os leitos de forma permanente e "cumpra seu papel interfederativo".
Segundo a assessoria de imprensa do governo paulista, essa medida permitirá que os leitos sigam custeados de acordo com o valor da diária de UTI definida pelo Ministério da Saúde exclusivamente para atendimento aos pacientes com coronavírus, de R$ 1,6 mil por dia.
A habilitação abrangerá, ainda segundo a assessoria, todas as regiões, em serviços de saúde estaduais, municipais, universitários e conveniados ao SUS em Santas Casas e filantrópicos.
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