FHC defende ação do Judiciário e prega ‘personalização’ do centro para 2022
Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem a ação do Judiciário no Brasil e disse que, quando o presidente da República se isola, os outros Poderes começam a "avançar mais". O tucano foi entrevistado no painel 'Democracia não é só eleição', no segundo dia do Brazil Conference at Harvard & MIT, evento realizado pela comunidade brasileira de estudantes em Boston (EUA) em parceria com o Estadão.
"É importante se manter o respeito mútuo entre os poderes. Quem tem que dar o exemplo é o Executivo. Quando o presidente se isola, os outros poderes começam a avançar mais. Não acho que haja uma intervenção do Judiciário para impor limites à ação presidencial. O Judiciário tem se comportado corretamente", disse FHC.
Sobre a perspectiva de uma polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial de 2022, FHC avaliou que o centro precisa encontrar um nome que represente esse campo. "O fato de haver uma situação de polarização não deve assustar os que estão no centro. É preciso que haja personalização. Política não é só ideia. Tem que ter alguém que simbolize um sentimento", afirmou.
Em discurso gravado para o evento, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, declarou que a democracia não comporta "concordância forjada e aplausos imerecidos". Ele disse que as instituições devem atuar de forma independente, mas de forma harmônica.
Sem mencionar Bolsonaro, Fux criticou o que chamou de "polarizações exacerbadas" e defendeu a atuação da Corte.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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