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Na maioria dos países, vacinas não podem interromper pandemia agora, diz Opas

Arquivo - Etienne informou que, na última semana, 1,3 milhão de pessoas tiveram diagnóstico de covid-19 nas Américas - Reprodução
Arquivo - Etienne informou que, na última semana, 1,3 milhão de pessoas tiveram diagnóstico de covid-19 nas Américas Imagem: Reprodução

Gabriel Bueno da Costa

Em São Paulo

14/04/2021 13h13

Diretora da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), Carissa Etienne alertou, durante entrevista coletiva virtual hoje, para o fato de que as vacinas contra a covid-19 não podem interromper a crise de saúde agora, na maioria dos países. Em um quadro ainda de dificuldades para obtenção dos imunizantes, a entidade reforçou a importância de se adotar medidas já sabidas para conter as transmissões, como o uso de máscaras e o distanciamento social. "Precisamos lembrar o que já aprendemos sobre os riscos do vírus e como pará-lo", alertou.

Etienne informou que, na última semana, 1,3 milhão de pessoas tiveram diagnóstico de covid-19 nas Américas, com quase 36 mil mortes. "A América do Sul continua a ser o epicentro da pandemia", disse ela. A autoridade destacou o aumento no número de casos em países da Bacia Amazônica, entre eles o Brasil. Etienne também afirmou que cepas mais contagiosas da covid-19 têm se disseminado pelas Américas.

A diretora da Opas lembrou o fato de que a vacina da Johnson & Johnson teve recomendação de suspensão do uso nos EUA nesta semana. Segundo Etienne, em breve autoridades devem emitir "recomendações adicionais" sobre esse tema.

Ela notou, de qualquer modo, que os efeitos adversos nas vacinas são "muito raros". Enquanto isso, recomendou que continuem a ser aplicadas as vacinas da AstraZeneca - que tiveram também alguns registros raros de coágulos.

Etienne pediu ainda que os líderes mostrem união para combater a pandemia, no quadro atual. E comentou sobre a Iniciativa Covax de distribuição de imunizantes.

Segundo ela, nas últimas semanas fornecedores das vacinas enfrentaram dificuldades, por isso houve uma desaceleração nas entregas. Mas Etienne afirmou que nas próximas semanas a expectativa é de normalização dessas entregas.