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'É o gabinete da liberdade', Bolsonaro sobre 'gabinete do ódio'

Presidente Jair Bolsonaro caminha em direção ao Congresso Nacional após a cerimônia de abertura da Semana das Comunicações em Brasília - Ueslei Marcelino/Reuters
Presidente Jair Bolsonaro caminha em direção ao Congresso Nacional após a cerimônia de abertura da Semana das Comunicações em Brasília Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Anne Warth

Brasília

05/05/2021 12h55Atualizada em 05/05/2021 13h32

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu o "filho 02", o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e os assessores presidenciais Tercio Arnaud Tomaz e José Matheus Salles Gomes, que comandam ataques a opositores do governo e ficaram conhecidos como integrantes do "gabinete do ódio".

"São pessoas perseguidas o tempo todo, como se tivessem inventado um gabinete do ódio", afirmou. "É o gabinete da liberdade, da seriedade".

Ainda sobre o filho, o presidente disse que ele foi o marqueteiro de sua campanha e que não ganhou "milhões" no exterior, como outros publicitários que atuam nas eleições. Ele admitiu que as redes sociais tiveram papel excepcional em sua eleição e afirmou que elas são a forma de garantir a entrega de "informações de verdade" para a população.

Bolsonaro disse também que o governo está na iminência de regulamentar o Marco Civil da Internet e publicar um decreto para garantir a liberdade de expressão nas redes sociais.

"A minha rede social talvez seja aquela que mais interage em todo o mundo. Somos cerceados, como muitos que me apoiam são cerceados", afirmou. "Daremos liberdade e punições para quem porventura não respeite isso".

Faremos isso (publicação do decreto) para que nosso Brasil possa ser livre e para que a população possa ter informações de verdade na ponta da linha (...) Vejam os senhores como era difícil fazer campanha quando não tínhamos telefone na mão
Jair Bolsonaro

Sem citar exemplos que confirmem sua afirmação e ignorando a beligerância com que trata os jornalistas, Bolsonaro também disse ser o presidente que "mais prega e age pela liberdade de imprensa".

"Estamos dando exemplo de como defender nossa liberdade de imprensa, por mais que possa ser opositora ao governo", afirmou.

O presidente ainda afirmou que deve se encontrar ainda hoje, no Rio de Janeiro, com Robson Nascimento de Oliveira, ex-motorista do jogador Fernando, que foi preso na Rússia. Fernando foi detido ao desembarcar com medicamentos considerados ilegais no país, mas que são de uso controlado no Brasil.

"Conversamos com governo russo, tive conferência com o presidente Vladimir Putin e agradeço por seu ato de grandiosidade de conceder o indulto", afirmou.

Bolsonaro aproveitou para defender o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo, que, no último fim de semana, um mês após ser demitido, disse que o governo "perdeu a alma e o ideal".

"Esse bom relacionamento começou com Ernesto Araújo e continuou com ministro Carlos Alberto Franco França", defendeu.