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MRE: chegada de vacinas é fruto de estratégia 'diplomacia da saúde', diz França
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto de Franco França, salientou nesta quinta-feira, 6, a chegada, no fim de semana, de 4 milhões de doses de vacinas provenientes do consórcio internacional Covax Facility. "É o primeiro resultado satisfatório numa corrida contra o tempo", disse durante sessão na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Em 28 de abril, o chanceler participou de uma audiência similar na Câmara dos Deputados.
Para França, a chegada dessas doses é fruto do trabalho do Itamaraty na busca de vacinas para os brasileiros dentro da estratégia "diplomacia da saúde" junto com a atuação das comissões de relações exteriores da Câmara e do Senado. Ele lembrou que o primeiro lote da Covax, num total de 1 milhão de doses, desembarcou no Brasil em março e previu que o País deve receber 4 milhões de doses adicionais em maio. "Diante da pressão internacional, este é um grande êxito do trabalho conjunto com Congresso que levou à antecipação dessa quantidade de vacinas", considerou.
Antes de se pronunciar, o ministro ouviu da presidente da comissão, a senadora Katia Abreu (Progressistas - TO), que sua responsabilidade à frente do Itamaraty é grande. Ela criticou o que chamou de "desvios ideológicos", "excessos" e "incidentes diplomáticos" que transformaram negativamente a imagem do Brasil no exterior."Quero garantir que equívocos como estes não sejam cometidos", disse a parlamentar acrescentando, na sequência, que gostaria que "erros e desvios" que possam comprometer renda e empregos do País sejam evitados.
A senadora também deixou clara a intenção de maior participação do Senado na atuação externa do Itamaraty. França repetiu hoje o que já tinha dito em seu discurso de posse e na participação na audiência na Câmara, como mais atuações conjuntas com várias áreas diferentes dos Três Poderes. Além da questão da pandemia, o chanceler voltou a enfatizar que os outros maiores desafios do País atualmente são a recuperação econômica e as discussões sobre a área ambiental.
Kátia Abreu também destacou que, desde 2009, a China tem sido o maior parceiro comercial do País. "Temos relação muito positiva com essa potência asiática, tanto na área comercial quanto de investimentos", disse ela, apresentando alguns números e enfatizando que as relações cordiais devem ser mantidas com o governo e as empresas chinesas.
Nesta quarta-feira, 5, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o país asiático e a sugerir que a pandemia tenha sido fruto de uma guerra biológica iniciada pela China.
Gargalos
Carlos Alberto de Franco França repetiu que o maior gargalo na obtenção das vacinas contra a covid-19 em todo o mundo é a capacidade de produção das empresas farmacêuticas. Este ponto do pronunciamento na sessão na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado é basicamente o mesmo proferido no último dia 28 na Câmara dos Deputados. França adiantou, no entanto, sobre a quebra de patentes, que corresponde a um licenciamento compulsório, que poderá comentar sobre a recente mudança de posição dos Estados Unidos, anunciada ontem, sobre essa questão no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O chanceler acrescentou que uma posição na mesma direção foi sinalizada na manhã desta quinta-feira pela União Europeia (UE). Apesar disso, França reforçou que, segundo especialistas, é difícil reproduzir vacinas, mesmo quando há auxílio dos laboratórios. Além disso, salientou que, no caso de necessidade, um acordo na OMC (chamado de Trips) e a lei brasileira já permitem a produção local sem ruptura dos acordos internacionais no caso de necessidade.
Para França, a chegada dessas doses é fruto do trabalho do Itamaraty na busca de vacinas para os brasileiros dentro da estratégia "diplomacia da saúde" junto com a atuação das comissões de relações exteriores da Câmara e do Senado. Ele lembrou que o primeiro lote da Covax, num total de 1 milhão de doses, desembarcou no Brasil em março e previu que o País deve receber 4 milhões de doses adicionais em maio. "Diante da pressão internacional, este é um grande êxito do trabalho conjunto com Congresso que levou à antecipação dessa quantidade de vacinas", considerou.
Antes de se pronunciar, o ministro ouviu da presidente da comissão, a senadora Katia Abreu (Progressistas - TO), que sua responsabilidade à frente do Itamaraty é grande. Ela criticou o que chamou de "desvios ideológicos", "excessos" e "incidentes diplomáticos" que transformaram negativamente a imagem do Brasil no exterior."Quero garantir que equívocos como estes não sejam cometidos", disse a parlamentar acrescentando, na sequência, que gostaria que "erros e desvios" que possam comprometer renda e empregos do País sejam evitados.
A senadora também deixou clara a intenção de maior participação do Senado na atuação externa do Itamaraty. França repetiu hoje o que já tinha dito em seu discurso de posse e na participação na audiência na Câmara, como mais atuações conjuntas com várias áreas diferentes dos Três Poderes. Além da questão da pandemia, o chanceler voltou a enfatizar que os outros maiores desafios do País atualmente são a recuperação econômica e as discussões sobre a área ambiental.
Kátia Abreu também destacou que, desde 2009, a China tem sido o maior parceiro comercial do País. "Temos relação muito positiva com essa potência asiática, tanto na área comercial quanto de investimentos", disse ela, apresentando alguns números e enfatizando que as relações cordiais devem ser mantidas com o governo e as empresas chinesas.
Nesta quarta-feira, 5, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o país asiático e a sugerir que a pandemia tenha sido fruto de uma guerra biológica iniciada pela China.
Gargalos
Carlos Alberto de Franco França repetiu que o maior gargalo na obtenção das vacinas contra a covid-19 em todo o mundo é a capacidade de produção das empresas farmacêuticas. Este ponto do pronunciamento na sessão na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado é basicamente o mesmo proferido no último dia 28 na Câmara dos Deputados. França adiantou, no entanto, sobre a quebra de patentes, que corresponde a um licenciamento compulsório, que poderá comentar sobre a recente mudança de posição dos Estados Unidos, anunciada ontem, sobre essa questão no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O chanceler acrescentou que uma posição na mesma direção foi sinalizada na manhã desta quinta-feira pela União Europeia (UE). Apesar disso, França reforçou que, segundo especialistas, é difícil reproduzir vacinas, mesmo quando há auxílio dos laboratórios. Além disso, salientou que, no caso de necessidade, um acordo na OMC (chamado de Trips) e a lei brasileira já permitem a produção local sem ruptura dos acordos internacionais no caso de necessidade.
Célia Froufe
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