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Fiocruz alerta para estabilidade de casos e mortes por covid em nível alto

13/05/2021 13h09

Rio - Pesquisadores do Observatório Fiocruz Covid-19 alertam para uma nova explosão de casos da doença no País diante do alto patamar epidêmico atual. Nova edição do boletim divulgado nesta quarta-feira, 13, aponta que o número de óbitos ainda é muito alto, com mais de 2 mil registros por dia em média. Os números relativos à semana epidemiológica de número 18 (de 2 a 8 de maio) mostram uma ligeira redução nas taxas de mortalidade e de ocupação de leitos de UTI.

"A observada manutenção de um alto patamar, apesar da ligeira redução nos indicadores de criticidade da pandemia, exige que sejam mantidos todos os cuidados, pois uma terceira onda agora, com taxas ainda tão elevadas, pode representar uma crise sanitária ainda mais grave", sustenta o documento. "Os indicadores mostram que ainda há uma intensa circulação do vírus e que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo das próximas semanas, além de dar oportunidade para o surgimento de novas variantes do vírus devido à intensidade da transmissão, como temos visto em outras regiões e países."

A taxa de letalidade, que alcançou 4,5% em março, caiu para 3,5% na última semana epidemiológica estudada. No entanto, como mostra o boletim, ainda não alcançou os 2% registrados no fim de 2020.

Em relação aos casos de óbitos por covid-19, foram registrados ainda valores muito altos, com uma média de 2,1 mil mortes diárias, mas apontando uma ligeira tendência de queda diária de 1,7% que "ainda não representa uma tendência de contenção da epidemia".

O número de novos casos aumentou ligeiramente a uma taxa de 0,3% ao dia.

"É fundamental o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem dos casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos", reforça o boletim. "Nesse sentido, a reorganização e a ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como para reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares."

Roberta Jansen