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CPI da Covid vai votar amanhã a convocação de governadores e prefeitos, diz Aziz

Omar Aziz, presidente da CPI da Covid, disse que a votação para a convocação de prefeitos e governadores ocorrerá amanhã - Edilson Rodrigues/AFP
Omar Aziz, presidente da CPI da Covid, disse que a votação para a convocação de prefeitos e governadores ocorrerá amanhã Imagem: Edilson Rodrigues/AFP

Eduardo Gayer

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

25/05/2021 07h28Atualizada em 25/05/2021 12h02

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou na noite desta segunda-feira, 24, que o colegiado vai votar na próxima quarta-feira (26) requerimentos para a convocação de "pelo menos" nove governadores e 12 prefeitos e ex-prefeitos.

"Estados e capitais onde a PF investiga suspeitas de desvio de recursos de combate à covid", esclareceu o senador em seu Twitter, após uma reunião com líderes da comissão parlamentar. Os nomes dos gestores estaduais e municipais, contudo, não foram detalhados.

A convocação de governadores e prefeitos é uma bandeira do governo federal para tentar enfraquecer os questionamentos sobre a postura do governo Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. A possibilidade de inquirir chefes de Executivos de Estados e municípios na CPI, inclusive, foi uma tônica do debate político antes da instalação do colegiado, feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Pacheco definiu, à época, que a CPI poderia investigar governadores e prefeitos dentro de suspeitas de desvio de recursos enviados pelo Palácio do Planalto para o combate à covid.

A CPI da Covid retoma seus trabalhos nesta terça-feira com o depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina".

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.