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Sem provas, Bolsonaro volta a questionar credibilidade de urna eletrônica

Bolsonaro fala com apoiadores; presidente voltou a criticar o atual sistema eleitoral, mesmo sem apresentar provas - Reprodução/Foco do Brasil
Bolsonaro fala com apoiadores; presidente voltou a criticar o atual sistema eleitoral, mesmo sem apresentar provas Imagem: Reprodução/Foco do Brasil

Eduardo Gayer

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

09/06/2021 07h21Atualizada em 09/06/2021 07h53

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a colocar em xeque a credibilidade das urnas eletrônicas, mesmo sem apresentar indícios de fraudes no processo eleitoral. Aos apoiadores que o aguardavam em frente ao Palácio da Alvorada nesta terça-feira, 8, Bolsonaro disse que "não acredita nada" no sistema de contabilização de votos. "Perguntam: 'como você ganhou e reclama?' Eu tive muito voto", justificou o presidente, que defende um sistema que permita a impressão dos votos.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, uma das principais bandeiras do bolsonarismo, deve avançar com amplo apoio na comissão especial sobre o tema instalada na Câmara dos Deputados — inclusive com apoio de setores da oposição. Dos 34 parlamentares do colegiado, 21 são favoráveis à mudança. A proposta precisa de 17 votos para avançar.

Em 2020, Bolsonaro afirmou ter provas de fraudes nas eleições presidenciais de 2018, quando saiu vitorioso. Até o momento, contudo, o presidente não mostrou qualquer evidência do fato.

PL da taxação solar

Bolsonaro ainda voltou a dizer que vetaria um eventual aumento da taxa de energia solar, caso o projeto que revisa normas para a geração distribuída seja aprovado no Congresso.

"Eu não mando no Parlamento, tenho dois votos lá dentro", disse o líder do Palácio do Planalto a um apoiador, reforçando, contudo, que o Executivo barraria a medida.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.