Moro agiu de forma parcial, com motivação política, ao condenar Lula, diz defesa
Nesta quarta-feira (23), por 7 votos a 4, a Suprema Corte manteve decisão da Segunda Turma que declarou a suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro ao condenar o ex-presidente Lula na ação que envolve o tríplex do Guarujá.
Em nota, os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, que representaram Lula na ação, destacam que as anulações das quatro ações em Curitiba, julgadas por Moro, se somam a outras 11 decisões judiciais que foram ou arquivadas ou absolveram Lula. "Todas estas decisões são igualmente relevantes para afirmar o primado da Justiça e confirmar a inocência do ex-presidente, embora nada possa reparar os 580 dias de prisão ilegal, as violências e o sofrimento infligidos a Lula e sua família ao longo destes cinco anos", reforçam.
Segundo os advogados, as sentenças absolvitórias reforçam que o ex-presidente foi alvo do uso estratégico das leis para fins ilegítimos, ação também conhecida como "lawfare". "Queremos acreditar que, para além de restaurar a segurança jurídica e os marcos da Constituição da República, o julgamento concluído hoje no STF seja uma alerta para que nunca mais os conceitos jurídicos e o devido processo legal venham a ser corrompidos, a qualquer pretexto", concluem.
Na ação do tríplex, Lula acabou condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão, foi enquadrado pela Lei da Ficha Limpa e afastado da corrida ao Palácio do Planalto em 2018, que deu a vitória a Jair Bolsonaro. (Colaboraram: Weslley Galzo, Rayssa Motta e Pepita Ortega)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.