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Alckmin já articula palanque com França e Skaf para 2022

Geraldo Alckmin tem perdido espaço no PSDB desde 2018 Imagem: Sergio Dutti/Governo de São Paulo

Pedro Venceslau

21/07/2021 09h00Atualizada em 21/07/2021 11h25

Isolado no PSDB desde que o vice-governador Rodrigo Garcia deixou o DEM e se filiou ao partido para disputar o Palácio dos Bandeirantes no ano que vem, o ex-governador Geraldo Alckmin articula a formação de uma chapa com os principais adversários do governador João Doria.

Sem ocupar cargos públicos desde que recebeu menos de 5% dos votos nas eleições presidenciais de 2018, Alckmin revelou a amigos e aliados que pretende sair do PSDB.

Cortejado por PSB e PSD, o ex-governador jantou na semana passada com o ex-governador Márcio França (PSB), o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que é filiado ao MDB, e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, para discutir a formação de um palanque unificado em São Paulo.

Pelo cenário desenhado no encontro, que ocorreu na casa de Skaf, o empresário disputaria o Senado pelo PSD ou outra sigla e Alckmin seria candidato a governador com França na vice.

Derrotado na disputa pelo governo paulista em 2018, Skaf deve deixar o MDB, que está alinhado com o projeto de Doria e Garcia, e admite concorrer a uma cadeira no Senado por outra sigla em 2022.

Alckmin, França e Kassab têm conversado regularmente. O ex-governador está em tratativas para se filiar ao PSD, mas não tem pressa para anunciar um novo partido.

Padrinho político de Doria em 2016, quando o empresário foi eleito prefeito, Alckmin e o atual governador estão rompidos desde a campanha de 2018. Um dos fundadores do PSDB, o ex-governador se viu isolado no partido com a chegada de Garcia.

Em uma reunião realizada anteontem, a executiva estadual tucana decidiu abrir inscrições para a disputa de prévias para escolher o candidato ao governo. A eleição paulista será no dia 21 de novembro, junto com as prévias nacionais nas quais Doria disputa como favorito.

O presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, pediu a Alckmin, por meio de emissários, que indique um nome de sua confiança para compor a comissão das prévias no estado. Esse movimento é uma tentativa de esvaziar o discurso de Alckmin.

Aliados de Doria gostariam que o ex-governador disputasse uma vaga de deputado, para fortalecer a bancada do partido, ou que concorresse ao Senado.

No último dia 13, lideranças tucanas não alinhadas com Doria e Garcia e ex-prefeitos se reuniram com Alckmin. Segundo revelou a coluna "Direto da Fonte", o ex-governador ouviu apelos para não deixar o PSDB.

Antes de ir embora, Alckmin fez um desabafo: "Não tenho confiança nessas prévias". Procurado pela coluna, o ex-governador não se manifestou.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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